A Motorola apresenta-se atualmente como marca lifestyle com boa relação qualidade / preço, tal como o smartphone Motorola Edge 60 que ora nos ocupa. Tendo chegado ao mercado por 399 €, certo é que já o encontramos por cerca de 349 € e vale a pena!
Em causa está um telemóvel de gama média que superou as minhas expectativas em vários parâmetros. A saber, na qualidade do ecrã, elegância, design, experiência multimédia, leveza e boa duração da sua bateria em cenário de uso normal.
Há, porém, muito mais a ser dito que poderá ajudar a fazer uma compra ajuizada, ou pelo menos, a tal desiderato me proponho a honrar.
Prós:
Contras:
Veredito: merecendo 4,5 estrelas em 5 possíveis, o Moto Edge 60 entrega muito valor pelo preço pedido. Não só é um belo smartphone, como dá resposta excelente às necessidades mais essenciais de qualquer utilizador, estilo, câmara e autonomia.
O Motorola Edge 60 chega com cores Pantone, ecrã curvo de 6,67” em quatro lados (P-OLED), a 120 Hz e suporte para HDR10+. Além de certificação IP69, processador Dimensity 7300 da MediaTek e RAM LPDDR4X e até expansão via cartão microSD.
As câmaras são compostas pelo sensor primário de 50 MP com OIS, 10 MP com zoom ótico de 3x e OIS, além da câmara de 50 MP ulta grande angular com focagem automática. Por fim, temos uma câmara frontal de 50 MP para as selfies.
Caraterísticas gerais:
Em primeiro lugar, numa caixa sólida, com letras lustrosas no seu logo estilizado, temos uma súmula das suas caraterísticas na traseira. No seu interior temos as informações legais de garantia e conformidade, bem como o guia rápido de iniciação e o pino ejetor.
Temos ainda um cabo USB C, bem como uma capa em plástico (reciclado pela aparência) que serve como proteção para a traseira e câmaras. Por fim, temos o smartphone propriamente dito, bem acomodado numa caixa suficientemente robusta para o proteger.
Em suma, pontos extra pela presença de uma capa de proteção já incluída, o que na falta de um adaptador (carregador), já é algum valor acrescentado para o consumidor. Deste modo, podemos começar logo a usar o telefone, com a segurança de estar mais protegido.
O Motorola Edge 60 veste-se de tons Pantone com duas cores à escolha. São tonalidades ricas, enérgicas e que não passam despercebidas, esplendoroso neste azul profundo. Ouso dizer soberbo neste Gibraltar Sea, e também disponível em Pantone Shamrock (verde).
A gama Moto Edge tem produzido alguns dos smartphones mais belos a chegar ao mercado nos últimos anos e o presente modelo segue a tendência. Isto porque a cor repousa numa “cama” de silicone / borracha com uma textura idêntica a um luxuoso tecido.
São estas, parcas palavras, que encontro para tentar descrever o quão agradável é agarrar no telefone, além de não ficar manchado de impressões digitais. Aliás, tampouco é escorregadio graças ao material que deduzo ser um composto com borracha.
É, em suma, um toque que apelidaria de mais orgânico e sumptuoso para um smartphone da sua categoria, acessível até. Ademais, tendo estrutura em plástico – sem rangidos – é bastante leve, elegante tanto em aparência como, portanto, no seu peso.
A construção, apesar de assentar numa estrutura de plástico, colhe deste apenas as qualidades, mormente a leveza. Os botões, ainda que algo finos para o meu gosto (estreitos, vá), têm um bom clique, mas poderiam ser mais firmes.
Em todo o caso, temos o bónus das certificações IP68/69 – MIL-STD-810H que não só o protegem contra jatos de água e pó, como acreditam certificações de nível militar.
Por fim, tudo num telefone relativamente fino, até com a capa, e igualmente leve, fatores que fazem do Motorola Edge 60 um telefone muito agradável de ter na mão.
Igualmente cativante é o ecrã de 6,67 polegadas (diagonal), tecnologia P-OLED, com taxa de atualização até 120 Hz, suporte para o padrão HDR10+ e, por fim, um total de 4500 nits de brilho (em pico), com resolução de 1220×2712, 446 ppp de densidade de pixeis.
Isto posto, estamos perante uma ficha técnica que facilmente poderia ser encontrada num telefone a custar quase o dobro, ou efetivamente isso. São boas “specs” que se traduzem numa muito boa experiência de utilização e forte brilho, mesmo sob a luz solar.
Mais concretamente, temos um ecrã de margens ligeiramente curvas e arredondadas, o que de imediato lhe confere um aspeto mais premium. A isto soma-se uma profundidade de cor, saturação e experiência geral de visualização, além dos altifalantes duplos.
Em suma, é este mais um dos pontos fortes do Motorola Edge 60, seja para captar fotografias, seja para ver filmes e séries online no telefone. Algo que podemos aproveitar também no modo de ecrã sempre ligado e variadas personalizações disponíveis.
O Motorola Edge 60 é um smartphone de gama média e é aqui que tal se nota. Em particular, com o desempenho do processador Dimensity 7300 (4 nm), um octa-core atual da MediaTek que agiliza bem as tarefas essenciais para uma utilização diária.
Porém, se gostam de jogar no smartphone e pretendem dar-lhe um uso mais intenso, então recomendo que invistam na versão Pro que já entrega um Dimensity 8350 Extreme (4 nm) de gama alta que seguramente agilizará as apps e jogos mais intensos.
Ao configurar o Motorola Edge 60 recomendo que façam uma “limpeza” tática das várias aplicações adicionais que vêm instaladas. Temos efetivo bloatware que pode ser facilmente solucionado com a desativação, ou remoção, dos conteúdos que não interessam.
Caso contrário, o desempenho torna-se mais pesado, algo lento até quando várias apps e serviços adicionais nos entregam notificações de interesse dúbio. Foi aqui que encontrei o pior aspeto do telefone e que pode, inclusive, condicionar o seu ótimo uso diário.
Porém, por baixo ainda temos uma versão do Android relativamente “leve” e próxima do Android puro a espreitar sempre que pode. Mais uma vez, recomendo que façam uma séria limpeza para deixar o telefone respirar e não sobrecarregar os seus recursos técnicos.
Isto posto, temos o Android 15 já instalado, com pelo menos 3 grandes atualizações garantidas. Adicionalmente, temos também o moto AI, mas ainda não lhe descobrir a real utilidade, algo que com o tempo pode melhorar.
Por fim, não gostei de ao ligar o telefone ter logo apps como o TikTok, Opera, Amazon Music, LinkdIn e várias outras aplicações instaladas, mas depressa se resolveu.
Escassos são os smartphones acessíveis com um leque de câmaras tão vasto e resultados competentes. É, por isso, este outro dos fortes bastiões do Motorola Edge 60, dando-nos ferramentas para captar uma miríade de cenários, ainda que careçam de alguma alma.
Quero com isto dizer, há como que um véu que esbate a profundidade de cor, ou melhor, a vivacidade dos resultados. Suspeito que possa ser um pouco “abuso” dos retoques digitais e fotografia computacional a criar resultados que, ainda assim, são agradáveis.
Ainda que em certas condições tenha captado resultados muito agradáveis, noutros houve que efetivamente senti o “preço” e condição do telefone. Isto dito, temos um ótimo leque de câmaras versáteis, mas não contem com resultados de gama alta, ou profissionais.
Mais uma vez, nada que não seja adequado ao seu preço, que, aliás, supere o que é de esperar de um telefone abaixo dos 400 euros.
Sobretudo tendo em consideração a presença de uma objetiva com zoom ótico de 3x (10 MP), uma ultra grande angular de 50 MP e grande angular de 50 MP, numa configuração atual e pragmática no Motorola Edge 60.
Em suma, é este um leque surpreende de câmaras para um telefone relativamente acessível, sendo raros os modelos com tanta flexibilidade neste segmento de preços.
Servirá para registar bons momentos, tanto em áudio e vídeo como em fotografia, mas estejamos pautados pelos padrões médios de qualidade para este segmento de preços.
A bateria de 5200 mAh dá-nos autonomia para mais de um dia de bom uso. Em boa verdade, com algum cuidado não é difícil chegar aos dois dias de utilização mais regrada.
Ao passo que, quem quiser a maior bateria, pode sempre optar pelo Pro com 6000 mAh, aqui temos uma fórmula bastante equilibrada neste modelo base.
O carregamento rápido a 68 W, por cabo, agiliza muito a velocidade de carga e em cerca de 45 minutos temos praticamente a bateria completamente carregada.
Por outro lado, não temos carregamento sem-fios, nem carregamento sem-fios reverso, não que disso estivesse à espera face ao escalão de preços.
Em suma, o Motorola Edge 60 passa facilmente por um telefone bem mais caro. O seu desempenho, não sendo estrelar, é fluído o suficiente para não me causar entraves. O ecrã é muito envolvente, a escolha de materiais é efetivamente bela e todo o produto está bem equilibrado, uma sólida compra pelo valor a que já se encontram, aproximadamente 350 €.
Em 10 anos de testes aos mais variados smartphones, com centenas de equipamentos de gama média a passarem-me pelas mãos, este é um dos poucos que compraria para mim.
Por fim, se procuram outro dos produtos cativantes da Motorola, os auriculares moto buds loop não podem faltar para completar o ecossistema.
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