Tive o privilégio de nas últimas semanas ficar a conhecer melhor o Motorola Razr 50 Ultra. Antes de tudo, quando falo da Motorola gosto de lhe apelidar de – o Pai dos Telemóveis. A empresa fundada em 1935 teve um contributo marcante ao longo do século XX. Em parte, isto deve-se, sobretudo, ao seu lendário dirigente Dr. Martin Cooper que registou na história a primeira ligação com um telemóvel privado em 1973.
Muitos de nós, consumidores, também assistimos de perto a este período da história que marcou o setor das telecomunicações. No entanto, a história ditou que a Motorola, outrora uma empresa norte-americana, seja agora detida pela Lenovo, a gigante informática chinesa.
Retrocedendo, novamente na estória da história desta marca, quantos de vós se lembram do slogan “Hello Moto” que anunciava o lendário Motorola Razr V3. Este momento da história está a ser perpetuado pela Motorola com a reintrodução da linha Razr. O modelo deste ano, o Motorola Razr 50 Ultra invoca essa tecnologia pioneira, mostrando-se fiável, ainda assim, sem falhas.
É justamente isto que quero deixar na minha análise a este terminal. Um produto sem falhas. No entanto, existem obviamente pontos a melhorar, mas no geral estamos perante um smartphone dobrável, com duplo ecrã, um processador eficiente, bateria generosa e uma configuração de câmaras sóbrias para o ano de 2025.
Design e Construção
Primeiramente, o ponto mais marcante do Motorola Razr 50 Ultra é indiscutivelmente o seu design, remetendo o consumidor à nostalgia dos flip phones, no entanto, com uma abordagem bem mais moderna e capaz.



De notar que os materiais foram cuidadosamente selecionados, o que oferece ao terminal um toque de luxo. É um smartphone sólido, onde o mecanismo de dobradiça funciona eficazmente, e sinceramente, só noto que se trata de um dobrável quando efetivamente tenho de fechar a concha.
Quando fechado, o Motorola Razr 50 Ultra é surpreendentemente compacto e cabe perfeitamente no bolso, enquanto aberto ele exibe a sua tela generosa. A frente é composta pelo ecrã auxiliar com as duas câmaras principais que contam com proteção Gorilla Glass Victus, e na traseira o uso de pele de origem vegetal que auxilia a uma pega firme com um toque premium. Esta dualidade portabilidade / experiencia visual é sem dúvida um dos trunfos deste terminal.
Da estrutura física, ainda, acrescentar a existência de dois botões que controlam tradicionalmente o volume alto e volume baixo e ainda um sensor de leitor de impressão digital acoplado ao botão de ligar / desligar.
Toma nota que se quiseres desligar o aparelho ele não vai desligar convencionalmente. Terás de pressionar, ao mesmo tempo, o volume para cima e o botão de ligar / desligar para o menu surgir e possas reiniciar ou até mesmo desligar o equipamento.
Experiência Visual, Desempenho e Hardware
O equipamento conta com dois ecrãs. O ecrã principal, com tecnologia LTPO AMOLED de 6.9 polegadas com 165Hz e um brilho máximo de 3000 nits (em pico) e está meticulosamente fabricado para que a transição entre a dobradiça e o restante equipamento seja o mais suave possível.

O ecrã auxiliar vem equipado com um ecrã de tecnologia LTPO AMOLED de 4 polegadas que só funciona quando o telefone está fechado. Dessa forma, permite acesso a grande parte das funcionalidades. Consegues, até, visualizar vídeos e jogar jogos por este ecrã.
Hardware e Desempenho
Em termos de desempenho, a alma deste Motorola Razr Ultra 50 é o processador Qualcomm SM8635 Snapdragon 8s Gen 3 de 4 nm auxiliado por uma placa gráfica Adreno 735 que lida com qualquer tarefa sem grande esforço. Até mesmo para utilizadores fãs de gaming, o terminal tem uma performance positiva.
Tem uma autonomia garantida por uma bateria de 4000 com velocidade de carregamento de 45W com fios e 15W sem fios. Ainda dispõe de carregamento de um equipamento extra pela saída de carregamento wireless enquanto está a ser carregado com uma velocidade de 5W.
Pode parecer pouco para as exigências dos dias atuais, mas tem uma gestão bastante eficaz da sua energia, permitindo uma autonomia real para um dia de uso nas tarefas básicas. Se a intenção for jogar, aí conta com a necessidade de colocar o terminal à carga.
Departamento Fotográfico e Vídeo
O terminal vem equipado com um setup de câmaras duplo na parte traseira configuradas da seguinte forma: Angular de 50 MP, f/1.7, 24mm, 1/1.95″, 0.8µm, dual pixel PDAF, OIS e lente Tele com 50 MP, f/2.0, 47mm, 1/2.76″, 0.64µm, PDAF, 2x zoom óptico. Permite, ainda, a gravação 4K@30/60fps, 1080p@30/60/120/240/960fps, HDR10+, e estabilização ótica gyro-EIS.
Como câmara de selfie contamos ainda com uma lente de 32 MP, f/2.4, 25mm (ângular), 1/3.14″, 0.7µm e gravação de vídeo a 4K@30/60fps, 1080p@30/60fps.
Apesar do equipamento ter uma câmara de selfie, acima de tudo, a sua afirmação como flip phone permite captar imagens e vídeo com a câmara principal. Uma característica específica é certo, mas um ponto muito a favor deste equipamento
Ficam aqui alguns exemplos de fotografias e vídeo capturados com o equipamento em teste.
Em suma, faz o que lhe compete. Não compromete a qualidade nos ambientes mais exigentes, contudo não tem um desempenho baixo. Esta opinião deve-se ao facto de a estrutura do equipamento não permitir que os sensores sejam maiores, o que levou a Motorola a encontrar o equilíbrio necessário. Ainda assim, o software da câmara parece estar bem configurado para permitir reter a máxima qualidade da imagem a ser captada.
Software e conectividade
De antemão, o Motorola Razr Ultra 50 oferece de início o Android 14 com a promessa de 3 atualizações major. O que na minha interpretação remete para a intenção de atualizar durante 3 anos a versão de Android, sendo os restantes atualizações de segurança a cargo da Motorola.
Inegavelmente importante é a interface de utilizador que é o mais limpa possível com a adoção do Hello UI. É sem dúvida o ponto que mais me fascina neste equipamento. A fluidez dos menus, a simplicidade da configuração, ausência de aplicações de terceiros instaladas e o nível de costumização possível faz com que dê gosto usá-lo nas mais mundanas tarefas.
Conclusão

Por último, não se trata de um terminal enfadonho, muito pelo contrário. Estamos perante se calhar o melhor telemóvel dobrável da atualidade. Um equipamento bem construido, sólido, capaz e audacioso. O facto de ser dobrável pode parecer aborrecido, mas o aproveitamento do segundo ecrã com o acesso ao menu de aplicações quase por inteiro, e ainda, a personalização desses menus, dão ao Motorola Razr Ultra 50 motivos para sorrir.
Em termos de oferta ao consumidor podemos encontrar as seguintes configurações:
8GB RAM + 256GB Armazenamento Interno
12GB RAM + 512GB de Armazenamento Interno
A equipa do conectado aconselha a promoção do Motorla Razr 50 Ultra com 12GB RAM + 512GB de Armazenamento Interno por 716€ no site da Amazon.es.
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