A Microsoft impulsionou um dos mais recentes certames dedicados à IA. Com participantes de mais de 30 nacionalidades, o Building The Future 2025 decorreu no Pavilhão Carlos Lopes em Lisboa. Aí reafirmou o seu papel como o principal evento português de transformação digital.
Com efeito, esta 7.ª edição, com o patrocínio principal da Microsoft e organização da imatch, reuniu em apenas um dia mais de 7.000 participantes, 30 patrocinadores e 19 parceiros. Todos consolidando o crescimento do evento e reforçando a relevância da Inteligência Artificial (IA) no presente e futuro das organizações e da sociedade.
Evento impulsionado pela Microsoft dedicou-se à IA
O evento, num formato híbrido com acesso online gratuito, ultrapassou as 20.000 visualizações de sessões, contando com 62 oradores distribuídos por 31 sessões. Aliás, a operacionalização envolveu uma equipa de mais de 200 pessoas.
Um dos momentos mais marcantes foi a intervenção de Stephen Attenborough, ex-Chief Customer Officer da Virgin Galactic, que destacou a IA como uma aliada fundamental na exploração espacial. “A IA é a companheira perfeita para a exploração espacial. Permite-nos ir mais longe, reduzindo riscos e maximizando o conhecimento que podemos obter do universo”, afirmou.

Joacim Damgard, presidente da Microsoft Western Europe, sublinhou a importância da IA na transformação global das empresas: “A Microsoft continua a investir na construção da infraestrutura de IA necessária para garantir que esta tecnologia seja acessível e impactante para todas as organizações. Estamos a entrar numa nova era onde cada utilizador terá um Copilot e cada processo de negócio será suportado por agentes inteligentes”.
Do ambiente à vida privada, as nuances da IA
Ao longo do evento, destacou-se a importância da IA em diversas áreas – do ambiente de trabalho à vida privada, passando pela indústria e pela ciência. “Mais do que mostrar o que a IA faz hoje, é essencial demonstrar o que poderá fazer no futuro e como vai transformar as nossas vidas”, reforçou Joacim Damgard durante a sua intervenção.
A edição de 2025 trouxe novas iniciativas como o AI National Skilling Program, anunciado pela Microsoft. Isto com o objetivo de formar 6 milhões de pessoas para as novas exigências do mercado impulsionado pela IA.
Foi também lançada a iniciativa Mission C0 Lisbon Edition, um movimento que visa acelerar a transição para a neutralidade carbónica através da inovação e colaboração entre empresas, investidores e empreendedores.
Building the Future 2025 volta a colocar Lisboa no mapa da IA

Mais ainda, esta iniciativa, promovida pela imatch em parceria com a Unicorn Factory Lisboa, tem como objetivo criar soluções concretas para a descarbonização, incentivando um compromisso coletivo para reduzir a pegada de carbono e impulsionar o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.
Aliás, conta com o apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa, com a Microsoft, a Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Sem esquecer a Nextbitt, a Startp Portugal e a Portugal Ventures como enablers, e a Galp Upcoming Energies como parceiro estratégico.
Do xadrez ao supercomputador Deep Blue
O evento Building the Future trouxe ainda, durante a manhã, a experiência de speakers como Garry Kasparov. Aí, ao partilhar a sua trajetória no mundo do xadrez e os primórdios da sua interação com a IA, o mestre de xadrez, explica que “hoje já não há competição.
Note-se que ao colocarmos um computador qualquer contra Magnus Carlsen (Grande Mestre de Xadrez norueguês) é como colocar o Usain Bolt a competir contra um Ferrari. Isto nos primeiros 60 metros correm a par, depois disso é claro o que acontece.”
Ora, após perder um torneio contra o supercomputador Deep Blue, percebeu que se a competição ia terminar em breve, o ideal seria “apostar num trabalho conjunto. Assim combinando a nossa habilidade para pensar com a força bruta e a rapidez das máquinas.”
Juventude e IA também no cerne da Building the Future 2025

O evento foi encerrado com uma mensagem em vídeo de Margarida Balseiro Lopes. A ministra da Juventude e Modernização que destacou a relevância do evento para a discussão sobre o impacto da IA.
“O tema escolhido pelo Building the Future para a edição deste ano, o lado humano da inteligência artificial, não podia ser mais pertinente. No momento em que a tecnologia está a redefinir a forma como vivemos, a questão que se impõe não é apenas o que a inteligência artificial é capaz de fazer. Ora, mas também como podemos garantir que está verdadeiramente ao serviço das pessoas”, afirmou.
A ministra revelou que Portugal já está a antecipar esta transformação e que, muito em breve, será apresentada a Agenda Nacional para a Inteligência Artificial. Será um compromisso do Governo para potenciar as capacidades humanas.
Isto bem como para criar oportunidades e contribuir para uma sociedade mais próspera. Assim, garantindo que o país se posiciona na vanguarda da transformação digital.
Por fim, com o regresso já confirmado para 2026, o evento reforça a sua posição como a principal plataforma de discussão sobre a revolução digital em Portugal. Com efeito, aí promovendo a inovação e antecipando o futuro da IA. Há ainda mais a descobrir na página própria do evento.
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